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FAQs
O sangue de cordao umbilical é uma das fontes mais ricas de células estaminais na natureza. Ainda que as células estaminais do sangue de cordao umbilical não sejam embrionarias, uma vez que são recolhidas numa idade em que o dador é muito novo, as células estiveram menos expostas a doenças ou a factores ambientais que podem levar à perda de propriedades.
Como é que as células estaminais do sangue de cordão umbilical são diferentes das outras fontes de células estaminais?
A grande maioria das células estaminais no sangue de cordão umbilical são células que se podem diferenciar em células sanguíneas, também conhecidas como células estaminais hematopoiéticas (CEH) do inglês Hematopoietic Stem cells. A presenca de CEH é que permite que o sangue de cordão umbilical seja usado em transplantes em substituição da medúla óssea.
Os transplantes de sangue de cordão umbilical têm vantagens e desvantagens comparados com transplantes de células estaminais de dadores adultos. A grande vantagem do sangue de cordão deve-se à maior flexibilidade em encontrar um dador compatível quando comparado com dadores adultos. As maiores desvantagens são a dificuldade de recolher grandes volumes de sangue de cordão (o que resulta em conteúdos celulares reduzidos) e isso irá culminar num enxerto das células transplantadas mais demorado.
O sangue de cordão umbilical tem também aplicações na área da medicina regenerativa. Isto é possível devido à presença de outros tipos de células no sangue de cordão umbilical e também porque algumas destas células são capazes de libertar moléculas chamadas citocinas que vão induzir a ação de outras células (ação parácrina) e promover a reparação/regeneração de áreas danificadas.
Na última década o sangue de cordão umbilical tem sido utilizado em todo o mundo como terapia para crianças que sofrem de paralisia cerebral ou outras doenças neurológicas. Os estudos publicados demonstram que o sangue de cordão umbilical beneficia crianças com doenças neurológicas ainda que o mecanismo de ação destas células ainda não se encontra completamente identificado. Mais estudos que já incluem grupos de controlo estão neste momento a ser realizados.
Nos Estados Unidos da América (EUA) as células estaminais do sangue de cordão umbilical têm sido utilizadas em ensaios clínicos com adultos em doenças como AVC (acidente vascular cerebral) e mais ensaios clínicos estão a ser preparados para doenças como, por exemplo, a esclerose múltipla. Na China, as células estaminais do sangue de cordão umbilical estão a ser utilizadas num ensaio clínico para lesões da medula espinal.
Referências:
Min K et al. Stem Cells 2013; 31(3):581-591 doi: 10.1002/stem.1304
Cotten M. et al. 2013; Pediatrics 164(5):973–979 doi:10.1016/j.jpeds.2013.11.036
Liao Y et al. 2013; Bone Marrow Transplantation 48:890-900 doi:10.1038/bmt.2012.169
Sun JM et al. 2015; Pediatric Research 2015; 78:712–716 doi:10.1038/pr.2015.161
Kurtzberg J. 2014; presentation at ISCT meeting
Como é que as células estaminais do tecido de cordão umbilical são diferentes das outras fontes de células estaminais?
O tecido do cordão umbilical bem como tecido da placenta são fontes ricas em células estaminais mesenquimais (CEM) do inglês, Mesenchymal Stem/Stromal Cells. Neste momento as CEM são as células estaminais mais utilizadas em ensaios clínicos e que estão em maior número nas publicações. As CEM apresentam uma capacidade muito promissora para doenças muito variadas como é o caso das doenças autoimunes, para tratar lesões desportivas (problemas relacionados maioritariamente com osso e cartilagem) mas também doenças cardiovasculares. AS CEM de fontes perinatais, como o tecido de cordão ou a placenta crescem mais rapidamente que as células estaminais isoladas de dadores adultos como a medula óssea ou o tecido adiposo.
Referência:
Perinatal Stem Cells 2nd edition 2013; book published by Wiley
Onde é que eu posso obter materiais de educação sobre o sangue de cordão umbilical para os meus pacientes, eventos, comunidade de saúde?
Nos EUA os profissionais de saúde podem solicitar envios das nossas brochuras completamente grátis em Inglês e Espanhol. A Parent’s Guide to Cord Blood Foundation desenvolveu brochuras educacionais para os pais que falam das diferenças entre doação pública e armazenamento privado de forma independente e isenta. As nossas brochuras estão disponíveis para download em parentsguidecordblood.org/pt/brochuras-para-pais em mais de uma duzia de linguas com informação específica para cada um deles. Estas brochuras foram aprovadas pelo nosso comité Médico e Scientífico.
A nossa Fundação tambem desenvolveu outros materiais educacionais para profissionais médicos que estão disponíveis para download em doctorsguidecordblood.org.
A Health on the Net Foundation (HON) é uma associação internacional sem fins lucrativos dos EUA dedicada a inspecionar e acreditar websites de educação científica e médica. Esta associação garante que a informação contida em sites por ela acreditados é precisa e está a ser divulgada de forma ética. A Parent’s Guide to Cord Blood é a única organização que oferece educação na área que é acreditada pela HON desde Maio de 2001.
Os websites acreditados pela HON têm de respeitar os seguintes principios:
- Dar crédito aos autores de qualquer publicação/material
- Complementaridade: esta informação nunca substitui a informação médica devendo sim complementa-la
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- Transparência financeira: explicar detalhes sobre o modo de financiamento das actividades
- Publicidade: distinção clara entre o conteúdo editorial e os anúncios.
Nós somos a única organização do mundo inteiro que oferece educação na área do sangue de cordão umbilical que se orgulha de:
- Ser uma Fundação sem fins lucrativos
- Informar sobre as diferenças entre doação pública e armazenamento privado de uma maneira independente e imparcial
- Os nossos conteúdos são desenvolvidos e escritos por cientistas
- Todos os nossos conteúdos são verificados pelo nosso painel Médico e Científico
- Somos acreditados pela Hon the Net Foundation (HON).
O nosso website tem informações únicas que ninguém no mundo tem:
- Lista dos bancos de sangue de cordão de família mais completa do mundo
- Lista dos bancos públicos de sangue de cordão mais completa do mundo
- Único mapa completo que identifica bancos publicos, bancos de família, bancos acreditados pela FACT, bancos acreditados pela AABB.
- Único mapa nos EUA que identifica os hospitais que recebem doações de sangue de cordão umbilical
- Leia as instruções do Kit! Demasiados profissionais de saúde pensam não necessitar de ler as instruções e isto é um erro.
- Esterilize a área onde vai colocar a agulha. Em caso de dúvida, esterilize de novo.
- Volume, volume, volume. Enquanto profissional deve massajar o cordão na direção em que o sangue está a ser removido para recolher o maior volume possível. Se o vaso sanguíneo apresentar algum problema, tente uma posição mais acima, mas nunca se esqueça de esterilizar.
60 mL é o volume mediano de recolhas em bancos de família. Esse volume contém aproximadamente a 470 milhões de células nucleadas totais (CNT) do inglês Total Nucleated Cells ao a 1.8 milhões de células que expressam o marcador CD34. Desta forma a maioria dos bebés de gestação completo têm mais de um milhão de células com este marcador no seu sangue de cordão umbilical. Por comparação a maioria dos bancos públicos apenas armazena amostras muito maiores que a média com um volume mínimo de 100 mL rejeitando amostras com menos de um bilião de CNT.
Referência:
Sun, JJ et al., Transfusion Sept. 2010; 50(9):1980-1987 doi:10.1111/j.1537-2995.2010.02720.x
Quando o parto é assistido por um obstetra o cordão umbilical pode ser clampeado e cortado segundos após o nascimento. A expressão “clampeamento tardio do cordão” está relacionada com um tempo de espera de 30-60 segundos após o nascimento e até que o clampeamento do cordão seja efetuado. Se o cordão ainda “pulsar” o bebé será posicionado de uma maneira particular para que parte do cordão vá de regresso ao bebé. Neste caso aquando do clampeamento o bebé irá receber algumas células estaminais presentes no sangue de cordão umbilical.
Estudos demonstram que em certas regiões do mundo onde existem carências de nutrição ou fracos cuidados básicos de saúde, o clampeamento de cordão tardio pode ajudar a proteger o bebé de anemia (baixos níveis de glóbulos vermelhos ou hemoglobina) até 6 meses após o seu nascimento. Estudos médicos demonstraram que o clampeamento tardio do cordão é extremamente útil para proteger os bebés prematuros de lesões cerebrais. A utilidade do clampeamento tardio do cordão em bebés de gestação completa em países desenvolvidos é marginal, apesar dos diversos estudos já realizados. Um estudo com bebés na Suécia demonstrou que o grupo onde se realizou o clampeamento tardio do cordão tinha melhores capacidades sociais (ainda que ligeiras). Este estudo ainda não foi reproduzido por mais nenhum grupo no mundo inteiro.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já emitiu uma diretriz que indica que o clampeamento do cordão deve ser realizado 60 segundos após o nascimento. Nos EUA, o American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) emitiu um parecer onde é possível ler que o clampeamento do cordão deve ser realizado entre 30-60 segundos após o nascimento.
Referências:
van Rheenen, P et al., Tropical Med. and Internal Health 2007; 12(5):603-616 doi:10.1111/j.1365-3156.2007.01835.x
Andersson, O. et al. JAMA Pediatrics 2015; 169(7):631-638 doi:10.1001/jamapediatrics.2015.0358
When to clamp the umbilical cord for full term babies? Dr. Elisabeth Semple Dec. 2016 Parent's Guide to Cord Blood newsletter
WHO Guideline: Delayed umbilical cord clamping for improved maternal and infant health and nutrition outcomes. Geneva: World Health Organization; 2014.
ACOG Committee Opinion. Timing of Umbilical Cord Clamping After Birth. Number 543, December 2012. Reaffirmed 2014.
ACOG Committee Opinion. Delayed Umbilical Cord Clamping After Birth. Number 684, January 2017.
São precisos apenas alguns minutes para recolher as células estaminais do sangue de cordão umbilical. Assim que o cordão umbilical é clampeado é aplicado um antisséptico e com ajuda de uma de uma agulha inserida na veia umbilical o sangue é recolhido.
Existem atualmente três métodos de recolha de sangue de cordão umbilical. Um deles consiste em segurar o saco de recolha numa posição abaixo da posição em que a mãe se encontra e permitir que o sangue se dirija para o saco por ação da gravidade. Este método é o mais comum na maioria dos países porque tem menos passos e consequentemente menos oportunidades para a ocorrência de erros ou contaminações.
O segundo método consiste na recolha de sangue de cordão de um modo semelhante à recolha de sangue que é feita para um exame médico regular. A recolha pode ser feita através de uma agulha ou através de um mecanismo de sucção acoplado ao saco de recolha. Estudos realizados mostram que este método permite recolher maiores volumes de sangue de cordão com maior rapidez.
O terceiro método destina-se aos bancos que recolhem o sangue de cordão umbilical após a placenta estar fora do corpo da mãe. Neste caso um técnico especializado espera que a placenta seja expelida e vai leva-la para uma sala onde a placenta é colocada numa posição superior permitindo que todo o sangue nela contido seja recolhido.
Posso optar pelo clampeamento tardio do cordão e ainda assim armazenar o sangue de cordão umbilical?
O clampeamento tardio do cordão pode ser efetuado se o sangue de cordão se destina ao armazenamento privado (de família), mas se o seu objetivo é doa-lo ao sector público o clampeamento tardio do cordão não é recomendado.
O objetivo do clampeamento tardio do cordão é permitir que algum do sangue presente no cordão umbilical volte ao bebé. Existe uma maior probabilidade de conseguir faze-lo durante os primeiros 30-60 segundos após o nascimento. Ao esperar depois desta janela de tempo não irá fazer com que o bebé receba um maior volume de sangue e irá fazer com que a quantidade de sangue de cordão umbilical disponível para recolha seja bastante inferior. Quando o fluxo sanguíneo no cordão umbilical diminui, o sangue começa a coagular o que dificultará grandemente a missão de recolha do mesmo.
É sabido que o clampeamento tardio do cordão vai resultar em menores volumes de sangue de cordão umbilical recolhidos. Uma vez que nos bancos privados (de família) o armazenamento de sangue de cordão não tem um limite de volume recolhido muito restritivo, a recolha e o clampeamento tardio de cordão podem co-existir. Estas amostras poderão também ser utilizadas em terapias que não necessitam de grandes doses de células estaminais. Por exemplo: o clampeamento tardio de cordão pode ser praticado se pensar em utilizar as células que está a armazenar para paralisia cerebral ou autismo. O mesmo não é válido no caso de precisar das células para um transplante de células estaminais hematopoiéticas para um irmão mais velho: nesse caso a prioridade é armazenar o maior número de células possível.
Referências:
Delayed clamping of the umbilical cord after delivery and implications for public cord blood banking. Allan DS et al. Transfusion. Mar 2016; 56(3):662-5. doi: 10.1111/trf.13424
Timing of Umbilical Cord Clamping and Impact on Cord Blood Volume Collected for Banking. Rodica Ciubotariu, MD PhD, Dec. 2016 Parent's Guide to Cord Blood newsletter
Em Portugal existe o Banco Público de Células do Cordão Umbilical (BPCCU) que pertence ao Instituto Superior do Sangue e da Transplantação e existem neste momento 4 hospitais públicos que recolhem amostras de sangue de cordão para a rede pública, são eles:
- Centro Hospitalar de São João
- Hospital Pedro Hispano - Unidade Local de Saúde de Matosinhos
- Maternidade Júlio Dinis - Centro Hospitalar do Porto
- Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca
Mais informação sobre prazos, documentação necessária, por favor, contacte o BPCCU
Se vive nos EUA temos um mapa onde poderá ver todos os hospitais que aceitam doações de sangue de cordão umbilical. Somos o único website que tem um mapa atualizado e trabalhamos em cooperação com o registo nacional de dadores nos EUA (Be The Match) para manter a informação atualizada a cada trimestre.
Noutros países não conseguimos chegar à informação com tanto nível de detalhe. A melhor opção que oferecemos é a lista de bancos públicos no seu país e que tente contacta-los diretamente com o objetivo de saber se aceitam doações.
Não. Sangue de cordão que foi armazenado no banco de família não pode ser transferido para o banco público. Quando um banco público recolhe sangue de cordão umbilical que poderá vir a ser utilizado por desconhecidos existe uma bateria de testes efectuados à mãe e o historial médico familiar é também traçado. Este trabalho de rastreamento é feito durante (ou antes) do momento da doação e não poderá ser feito a posteriori numa unidade armazenada no sector privado.
Qual é o prazo limite para fazer o registo de doação do sangue de cordão umbilical e porque é que existe um prazo limite?
Não existe razão alguma de ordem médica para que os pais tenham de registar-se semanas antes do parto. Com a ajuda do staff adequado e com o esforço de ferramentas de gestão, um banco de sangue de cordão pode verificar o estado de saúde da mãe e oferecer-lhe os documentos de consentimento informado quando esta chega ao hospital momentos antes do parto.
Ainda assim na maioria dos bancos públicos nos EUA não existe staff especializado para lidar com os pedidos de doação. Para conseguirem organizar todos os processos e documentos envolvidos tipicamente os bancos pedem às mães que se registem com antecedência. Em 2016 o prazo desceu para a 34ª semana de gestação.
Se o hospital onde vou realizar o meu parto não aceitar doações de sangue de cordão umbilical posso fazer uma doação directamente para alguma entidade especializada?
Nos EUA existem alguns programas que oferem kits aos pais com o objectivo do sangue ser recolhido pelos profissionais de saúde num hospital fora do circulo normal de doações. Neste caso o sangue é enviado directamente para um banco público de sangue de cordão ou para um laboratório de investigação.
- Cord for Life (800-869-8608)
- Saneron (813-977-7664)
- Perinatal Stem Cells Society
Nos EUA cerca de 80% das doações de sangue de cordão são rejeitadas. A primeira razão para a elevada taxa de rejeição está relacionada com o pequeno volume recolhido. Os bancos públicos existem com a função armazenar sangue de cordão para pacientes em todo o mundo, crianças ou adultos, e é por essa razão que apenas armazenam unidades com conteúdos celulares elevados. Uma vez que os bancos públicos lidam com dificuldades de financiamento existe hoje em dia uma maior pressão para que apenas amostras com conteúdos celulares muito grandes sejam armazenadas.
Referência:
Magalon et al. 2015 Banking or Bankrupting: Strategies for Sustaining the Economic Future of Public Cord Blood Banks PLOS ONE doi:10.1371/journal.pone.0143440
Requisitos de saúde: O Registo de Dadores Be The Match (EUA) tem um questionário com algumas perguntas de cariz médico onde pode verificar se qualifica para doar o sangue de cordão umbilical do seu bebé. Antes da doação a Mãe terá de submeter-se a um rastreamento de algumas doenças. Aqui poderá encontrar outro artigo sobre os requisitos habituais para a doação de sangue de cordão numa das nossas newsletters.
Requisitos geográficos: Existem menos de 200 hospitais nos EUA que têm programas de doação de sangue de cordão umbilical. Estes hospitais estão localizados em centros com muitos nascimentos e em comunidades com diversidade racial. Nos EUA é possível doar a amostra de sangue de cordão diretamente a alguns centros, mesmo que o parto não seja realizado em nenhum dos hospitais escolhidos para os programas de doação.
Requisitos de tempo: A maioria dos programas de doação exige que a mãe se registe com antecedência, tipicamente à volta da 34ª semana de gravidez. Apenas uma pequena fração dos programas pergunta às mães se querem doar o sangue de cordão durante o parto. Neste caso se o sangue de cordão respeitar as exigências do banco público a mãe será informada e neste caso a documentação é toda tratada a posteriori.
Se doar o sangue de cordão umbilical do meu bebé, é possível obter o sangue de volta em caso de necessidade médica?
Ainda que isto tenha já acontecido nalguns casos é extremamente improvável que possa utilizar o sangue de cordão de doou ao banco público. A doação ao banco público não deve ser vista como uma maneira de armazenar o sangue de cordão para a família de uma maneira gratuita.
Quando a Mãe assina o formulário de Consentimento Informado para doar o sangue de cordão umbilical está automaticamente a abdicar dos diretos que tem sobre esse sangue de cordão. Em primeiro lugar o banco público poderá não armazenar o sangue de cordão se este não respeitar os critérios por ele estabelidos ou caso falte algum tipo de documentação. Em segundo se o sangue for armazenado poderá ser utilizado por alguém necessite dele.
Contrariamente aos dadores de orgãos, dadores de sangue de cordão umbilical não recebem qualquer prioridade de tratamentos ou ajustes nas taxas moderadores se o seu filho necessitar de um dador mais tarde. A grande recompensa que receberá será o facto de estar potencialmente a salvar uma vida através da sua doação.
O hospital onde vou realizar o meu parto permite que escolha qualquer banco de sangue de cordão de família?
Em geral a resposta é sim. Contudo nos EUA alguns hospitais assinaram contratos de exclusividade para que os clientes apenas usem um banco de sangue de cordão em específico. Por isso é aconselhável estudar a situação antecipadamente.
Os hospitais que apenas trabalham com um banco de sangue de cordão em específico alegam que esta prática permite que o seu staff receba treino e permite uma melhor gestão logística de todos os processos envolvidos. Possivelmente existem compensações financeiras por detrás destas práticas. No entanto isto significa menos liberdade de escolha para o consumidor.
A Parent’s Guide to Cord Blood Foundation recomenda que os pais escolham bancos de família que tenham laboratórios inspeccionados por agencias de acreditação específicas para bancos de sangue de cordão: AABB ou FACT. Isto oferece um selo de qualidade a todos os que têm uma destas acreditações.
Nalguns países os padrões que estão estabelecidos para bancos públicos são também exigidos aos bancos privados por isso não existe necessidade de dispor de uma acreditação independente. No entanto na maioria dos países isto não se verifica e os padrões dos bancos privados é em geral menos restritivo que os padrões dos bancos públicos daí que a acreditação voluntária seja altamente desejável. Por exemplo, nos EUA a Food and Drug Administration (FDA) regista e inspecciona bancos privados, mas não requer que estes disponham de uma Biologics Licence (BLA) como os bancos públicos.
Nota: O processo de registo, acreditação e inspecção com a AABB ou FACT pode demorar largos meses daí que seja compreensível se um laboratório novo ainda não tiver nenhuma destas acreditações.
Pode criopreservar sangue de cordão de gémeos num banco de família, mas não num banco público. Os bancos públicos têm a política de não aceitar doações de sangue de cordão de gémeos. Um dos argumentos utilizados pelos bancos está relacionado com o facto de ser difícil distinguir os bebés à nascença. No entanto os obstetras estão treinados para seguir a identidade de cada bebé em caso de nascimentos múltiplos. A razão primária que leva os bancos a não armazenarem amostras de gémeos está relacionada com o conteúdo celular: em geral os gémeos costumam ser menores que bebés singulares o que faz com que tenham menor de volume de sangue de cordão umbilical e por isso mais dificilmente atinjam os níveis necessários para os bancos públicos. As probabilidades das unidades de sangue de cordão de ambos os gémeos terem a quantidade mínima de células exigidas para um transplante é baixa pelo que os bancos públicos preferem não aceitar doações de mães à espera de gémeos.
Bancos de família não têm problema em aceitar sangue de cordão de gémeos. Alguns pais poderão ter problemas ao pagar um armazenamento duplo de sangue de cordão, mas a grande maioria dos bancos de sangue de cordão privados tem descontos especiais para gémeos.
Alguns pais perguntam se devem armazenar o sangue de cordão de ambos os filhos ou só de apenas 1. Por uma questão de segurança devem optar por armazenar o sangue de cordão dos 2 filhos. No caso de serem gémeos falsos para todos os efeitos são individuos com DNA diferente. No caso de gémeos verdadeiros têm o mesmo DNA. No entanto um dos gémeos (mesmo no caso dos verdadeiros) pode desenvolver uma mutação genética ao longo da sua vida sem que isso implique que o outro gémeo a desenvolva. Nesse caso o gémeo saudável é o dador perfeito para o seu irmão. Inclusivamente já há registos de transplantes em que isto aconteceu.
A doação de sangue de cordão é completamente grátis para a família, mas os bancos públicos apenas têm programas de doações em grandes hospitais estrategiamente localizados no seio de comunidades multiculturais. Adicionalmente a mãe tem também de se registar até à 34ª semana e completar uma bateria de testes médicos.
Para as famílias que querem criopreservar as células estaminais no sector privado, o nosso website oferece uma lista de bancos de família em cada país.
Esta indústria não consegue facilmente reduzir os custos operacionais. Cada unidade de sangue de cordão tem de ser individualmente testada e processada por técnicos especializados que trabalham num laboratório com os maiores padrões de exigência.
Mesmo antes do sangue de cordão chegar ao laboratório este tem de ser transportado num contentor termicamente isolado para manter a temperatura constante. Muitas vezes os bancos de família que oferecem preços mais baixos arranjam estratégias para ter custos de produção mais baixos nomeadamente não investindo em kits com um bom isolamento térmico.
A melhor opção é armazenar o sangue de cordão no local onde o bebé nascer no caso de existir um banco de sangue de cordão de qualidade. Se estiver a viver fora do seu país e pretende armazenar o sangue de cordão no seu país de origem certifique-se que o banco que escolheu tem um contentor especializado para o transporte com um bom sistema de isolamento e com um eficaz sistema de registo de temperatura (logger).
A importante informação a reter aqui é: quando o sangue de cordão é enviado “fresco” o tempo que decorre entre a recolha e o processamento vai influenciar a qualidade da amostra. Quando a amostra é enviada já no estado de criopreservação a qualidade não se altera.
Após o nascimento o sangue de cordão é enviado para o laboratório à temperatura ambiente. Cada hora de atraso na chegada ao laboratório implica a morte de algumas células. Em condições ideais o sangue de cordão deve chegar ao laboratório e ser processado até 48 horas após o nascimento. Ao enviar o sangue de cordão através de longas viagens de avião ou com várias paragens estamos a aumentar o risco de perda celular a não ser que o sangue de cordão esteja a viajar em condições particularmente especiais nomeadamente no que toca ao isolamento.
Se algum dia precisar de utilizar a uma amostra de células estaminais criopreservadas estas serão enviadas directamente para o centro de tratamentos congeladas e só serão descongeladas antes do tratamento. Da parte do banco de sangue de cordão as células estaminais do sangue de cordão podem sempre viajar para qualquer parte do mundo criopreservadas sem perda de viabilidade associada.
Banco de sangue de cordão comunitário é um novo modelo de banco híbrido lançado pela LifeCell na Índia. Os pais que optarem por esta solução terão acesso a todas as amostras do banco comunitário em caso de necessidade médica. O banco comunitário é como um banco público onde todos os membros podem ter acesso às unidades armazenadas, mas tem também uma componente privada porque os pais pagam pelo serviço e as amostras não se encontram disponíveis para a população em geral.
O banco comunitário pode responder às exigências médicas de um país como a Índia onde não existe uma rede pública de bancos de sangue de cordão e a população tem especificidades genéticas que não estão representadas em bancos de outras partes do mundo.
O banco comunitário é uma forma diferente de banco híbrido onde a parte pública a privada partilham um laboratório uma vez que em bancos híbridos as partes privadas e públicas operam separadamente. No banco comunitário estas funções estão combinadas.
Bancos de cordão umbilical públicos em todo o mundo adoptaram as 48h (tempo decorrido após o nascimento) como tempo limite para processar uma unidade de sangue de cordão. Os bancos privados deveriam também seguir este standard pelas seguintes vantagens:
- Os standards da FACT exigem uma janela de 48h para bancos públicos mas permitem processamento em bancos privados até às 72h.
- As acreditações da AABB não especificam qualquer janela temporal para o processamento.
- O FDA recomenda o processamento até 48h
- Do departamento de saúde do estado de Nova-Iorque exige um processamento até às 48h.
De forma a garantir a estabilidade da temperatura dos kits durante o transporte de sangue de cordão, a Parent’s Guide to Cord Blood Foundation recomenda que os pais escolham um banco que disponha de um kit com um bom sistema de isolamento e com algum mecanismo de registo de temperatura (ex: logger).
Nos protocolos usuais de transporte o sangue de cordão é mantido à temperatura ambiente que deve estar no intervalo entre 15 °C e 25 °C. Ao pedir um transporte prioritário poderá garantir que a amostra chege mais rapidamente ao laboratório, mas isso não garante as condições de temperatura durante a viagem. A temperatura poderá ser muito alta ou muito baixa em várias paragens do processo de transporte: quando está a ser carregado para uma carrinha ou, por exemplo, quando está em espera para ser transportado por avião. É por isso que um contentor com bom sistema de isolamento é tão importante, de preferência um que tenha sido validado pela International Air Transport Association (IATA).
Nos EUA e após as mudanças de segurança exigidas depois do 11 de Setembro, o sangue de cordão apenas pode ser transportado através de bancos de sangue que estejam registados na Transportation Security Administration. Neste caso os pais devem tentar informarem-se quais são as condições de transporte asseguradas pelo banco que escolheram ou vão escolher bem como os custos envolvidos.
Esses rumores são completamente falsos. Em 2015 no nosso relatório sobre a Indústria dos Bancos de Sangue de Cordão descobrimos que a grande maioria dos bancos de família nos EUA ou Canadá usam hespan quando processam o sangue de cordão de maneira manual. Hespan é o nome comercial de um reagente chamado hydroxyethyl starch. É um reagente muito comum em laboratórios que fazem processamento de sangue.
A fonte dos rumores sobre o hespan tem a seguinte origem: no passado era comum administrar grandes quantidades de hespan como medida de emergência em pacientes com pressão sanguínea muito baixa. A ideia era administrar o hespan dando aos médicos mais tempo e espaço de manobra parar resolver o problema que tinha causado o abaixamento da pressão sanguínea e enquanto se esperava por uma unidade de sangue para ser administrada. Estudos de follow-up destas práticas revelaram que pacientes que sobreviveram a estes cenários têm mais probabilidade de desenvolver falências renais. Por este motivo os médicos constataram que a administração de grandes volumes de hespan não é segura. No entanto a administração de pequenos volumes não constitui qualquer perigo para a saúde.
Referência:
Zarychanski R. et al. 2013; JAMA 309(7):678-88. doi:10.1001/jama.2013.430.
Os três principais components do sangue de cordão, à semelhança de um sangue periférico, podem ser separados por diferenças de densidade: na posição de baixo ficarão os glóbulos vermelhos e no topo ficará o plasma de uma cor translúcida. No meio estão as células nucleadas dentro das quais se incluem as células estaminais. Quando um banco processa o sangue de cordão a fracção que vai ser criopreservada é aquela que contem as células nucleadas, mesmo sabedo que a percentagem de células estaminais nessa fracção é de apenas 1%. Até aos dias de hoje não existe nenhum processamento aplicável em larga escala que permita separar as células estaminais completamente isoladas das outras populações celulares.
A grande maioria dos métodos utiliza as diferenças de densidade das 3 fracçõs para efectuar o processamento. As fracções podem ser separadas por sedimentação ou centrifugação ou por uma mistura das 2 técnicas. Este procedimento pode ser feito normalmente por técnicos especializados ou por máquinas semi-automáticas.
Acreditações são padrões de qualidade. Descrevemos cada uma delas na nossa secção de Padrões das Acreditações. Bancos de sangue de cordão em países específicos têm acreditações nacionais com padrões de qualidade muito elevados: GMP na Alemanha, HTA no Reino Unido, Swissmedic na Suiça e TGA na Australia.
Nos EUA os bancos públicos têm ter uma licenca especial (em inglês Biologics Licence-BLA) que é emitida pelo FDA. Os bancos de família apenas têm de se registar com o FDA que pode fazer vistorias surpresa.
Existem duas acreditações voluntárias desenvolvidas especificamente para os bancos de sangue de cordão umbilical e incluem rigorosas inspecções aos procedimentos laboratoriais, são elas: AABB e a FACT. Por exemplo, a norma ISO não é específica para bancos de sangue de cordão. A Parent’s Guide to Cord Blood Foundation recomenda que os pais escolham um banco com a acreditação AABB ou FACT sempre que possível.
O sangue de cordão umbilical pode ser armazenado durante décadas e ainda assim ser utilizado em transplantes. Estas conclusões baseiam-se nos estudos realizados pelo Dr. Hal Broxmeyer o responsável pelo desenvolvimento da primeira técnica de criopreservação de sangue de cordão em 1980. O mesmo contribuíu com um artigo para a nossa newsletter em Setembro de 2014 intitulado “Por quanto tempo pode o sangue de cordão umbilical ser armazenado?”.
Todas estas medidas são contagens celulares e que são indicadores da quantidade de diferentes populações celulares que a sua amostra de sangue de cordão tem.
As células estaminais são células mononucleares (isto é, têm um núcleo). No entanto é muito difícil identificar células apenas através da observação através do microscópio. Existem outras células com núcleo no sangue de cordão umbilical como os glóbulos brancos. Para uma célula ser considerada “estaminal” tem de mostrar uma capacidade de proliferação e diferenciação.
A ciência tem trabalhado durante anos para conseguir utilizar agentes com afinidade para as células estaminais com o objectivo de detectar a sua presença. O marcador de superfície para células do sangue (hematopoiéticas) é o CD34, uma proteína encontra na superfície das células. No entanto temos de mencionar que o número de células CD34+ não é uma medida precisa do número de células estaminais. A percentagem de CD34+ varia de laboratório para laboratório, corresponde a apenas 1-2% do total de células mononucleares e ainda existem outras células não estaminais que expressão também o marcador CD34.
O número total de células com núcleo (do inglês Total Nucleated Cells-TNC) é o teste mais realizado para medir a quantidade de células após o processamento do sangue de cordão. A grande vantagem deste teste está relacionada com a sua reprodutibilidade em vários laboratórios. Estas contagens podem ser realizadas de modo automático com recurso com, por exemplo, a um citómetro de fluxo.
O teste utilizado para confirmar que as células estaminais hematopoiéticas estão presentes e capazes de exercer o seu efeito terapêutico é o teste das Unidades Formadoras de Colónia (UFC). Os valores totais de células com núcleo não indicam qual o estado das células nem quantas células exactamente são capazes de reconstituir o sistema imunitário. No teste UFC uma pequena fração do sangue de cordão é descongelado e colocado em cultura para confirmar que as células estaminais são capazes de dividir e formar colónias. Antigamente este era um teste subjectivo, mas com a automatização e tecnologia hoje é possível contar as colónias e a forma delas através de imagem. O único problema deste método é o facto de durar vários dias até se obterem os resultados finais.
Quais são as vantagens relativas de um processamento de sangue de cordão umbilical automático versus um método manual de processamento?
O processamento manual é realizado quando o sangue de cordão é separado por operadores especializados. Estes operadores devem usar fatos e luvas desenhados para o efeito e processar o sangue de cordão dentro de uma câmara de fluxo laminar. O processamento automático acontece quando o saco de recolha do sangue de cordão é colocado num dispositivo médico como o Sepax 2 da GE/Biosafe ou o AXP desenvolvido pela Cesca Therapeutics. No processamento automático os técnicos não vão participar ativamente no processamento. No final do processamento automático ou manual os técnicos transferem a fração de células nucleadas contida no saco de armazenamento e transferem-no para a secção de criopreservação.
Vantagens e desvantagens do Processamento automático
- Vantagem: Menor risco de contaminação por parte dos técnicos bem como risco reduzido de erro técnico.
- Processamento automático pode ser uma boa solução onde é difícil encontar/treinar operadores.
- Desvantagem: o processamento automático é mais caro. O banco de sangue de cordão tem de ter sempre pelo menos 2 equipamentos em caso de avaria de um deles. Estes equipamentos usam também kits únicos e descartáveis o que vai encarecer o processo.
- Processamento automático é uma opção interessante em bancos de sangue de cordão muito grandes que lidam com uma grande quantidade de amostras diariamente.
Vantagens e desvantagens do Processamento Manual
- Vantagem: Processamento manual é mais barato
- Processamento manual faz sentido em países onde existem operadores altamente especializados, mas com salários não “proibitivos”.
- Vantagem: Processamento manual é melhor para processar as unidades de menor volume por que o protocolo pode ser modificado/adequado caso a caso.
Os primeiros transplantes com sangue de cordão foram realizados com administração de unidades não processadas. Isto significa que o processamento não é obrigatório para salvar vidas. Até hoje não existe nenhum ensaio clínico que compare a eficácia de tratamento da administração de sangue de cordão criopreservado não processado versus processado.
Hoje em dia a maioria dos bancos de sangue de cordão públicos e privados opta pelo processamento, removendo o plasma e os glóbulos vermelhos e criopreservando a fracção de células nucleadas onde estão incluídas as células estaminais.
Muitos médicos consideram importante remover os glóbulos vermelhos antes de criopreservar o sangue de cordão como pode ver no nosso guia de remoção dos glóbulos vermelhos. A principal razão para remover os glóbulos vermelhos prende-se com o facto destes não resistirem ao congelamento. Durante este processo, ferro e hemoglobina são libertados para a amostra o que pode ser tóxico. A alternativa à remoção dos glóbulos vermelhos antes da criopreservação é proceder a vários ciclos de lavagem para remover células mortas imediatamente após o descongelamento.
Que perguntas devem os pais fazer a um banco de família sobre o armazenamento de tecido de cordão umbilical?
- O banco recolhe apenas um segmento do cordão umbilical ou todo quanto é possível recolher?
- O banco de sangue de cordão armazena o cordão umbilical intato ou processa-o antes do armazenamento?
- O banco de sangue de cordão está a armazenar um produto na forma de tecido (por exemplo, cordão umbilical macerado) ou em forma de suspensão celular?
- Se um banco de sangue de cordão armazena o seu produto na forma de tecido, validou o seu método para garantir que é possível isolar células após o descongelamento? Isto inclui testes de crescimento ou apenas análise de marcadores celulares?
- Se um banco de sangue de cordão armazena uma suspensão celular que testes faz para caracterizar as populações de célulares armazenadas?
- O banco de sangue de cordão oferece alguma garantia em termos de quantidade celular que poderá ter disponível para terapia se a amostra for necessária?
- O banco de sangue de cordão tem a acreditação da AABB para processamento de tecido (para actividades com células somáticas)?
- Que instruções estão no kit para ajudar durante a recolha de sangue pelo staff especializado durante o parto?
- O banco de família irá contactar o staff que irá fazer a recolha e assistir ao parto directamente?
- O hospital que eu escolher tem algum staff para recolher o sangue de cordão?
- Que método de recolha indica o banco: baseado na força da gravidade ou outros métodos?
- O saco de colheita é estéril quer por dentro quer por fora de modo a ser utilizado numa sala de operações no caso de uma cesariana?
- O banco oferece opções de armazenamento adicionais como a recolha do tecido de cordão ou da placenta?
- O banco de sangue de cordão em questão é uma instituição com capital público ou privado?
- A empresa em questão tem alguma relação institucional com algum hospital ou instituto de investigação?
- A empresa está envolvida em actividades de investigação e desenvolvimento na área da biotecnologia?
- Que outros serviços na área médica oferece a empresa?
- Há quanto tempo está a empresa no ramo do processamento/armazenamento de sangue de cordão?
- Quem está à frente das operações da empresa diariamente? Muitos bancos de sangue de cordão têm vários médicos famosos nos seus quadros, mas estes não estão envolvidos nas operações diárias.
- Qual é o número de amostras de sangue de cordão recolhidas pela empresa? São amostras exclusivamente para o sector privado ou também para o sector público? Isto irá demonstrar a experiência do banco em armazenar de sangue de cordão.
- Quantas amostras de sangue de cordão já foram libertadas pelo banco para utilização terapeutica? Isto irá demonstrar a experiência do banco na altura de libertar amostras de sangue de cordão.
- Existe algum tipo de descontos neste momento? Alguns bancos de sangue de cordão têm campanhas promocionais por tempo limitado.
- A quantia necessária para iniciar o processo é cobrada por família (uma única vez) ou por cada filho?
- O primeiro ano de armazenamento está incluído no preço de processamento?
- No caso de existir uma quantia anual associada ao armazenamento esta quantia é fixa ou poderá aumentar?
- Existe algum tipo de programa de descontos para profissionais da área médica ou militares?
- Os pais recebem de volta a quantia investida (parcial ou totalmente) se o banco de sangue de cordão não armazenar a amostra por algum motivo? Por exemplo, em caso de contaminações o sangue de cordão não irá ser armazenado. O que acontece depois? Indemnizações completas costumam apenas acontecer quando o banco de sangue de cordão tem staff especializado para efetuar a recolha a amostra.
- Se a família precisar do sangue de cordão por motivos médicos o banco de sangue de cordão irá cobrar algum montante para libertar a amostra ou para a enviar para o centro de tratamento (dentro ou fora do país)?
- O laboratório de sangue de cordão é acreditado por alguma agência com standards específicos e inspecções regulares na área dos bancos de sangue de cordão? (Ex: AABB, FACT)
- Se viver num dos estados dos EUA que requerem licença de banco de sangue de cordão (CA, MD, NJ, NY) apenas poderá usar os bancos que tiverem a licença do seu estado?
- O laboratório processa sangue de cordão durante o dia inteiro ou só em determinados turnos?
- Que bateria de testes é realizada com a amostra de sangue recolhido à mãe?
- Que testes são realizados para identificar doenças infecciosas
- Que testes para despistar contaminações faz o laboratório?
- O laboratório rejeita unidades de sangue de cordão com base nos resultados dos testes sanguíneos à mãe, doenças infecciosas ou contaminações?
- O laboratório tem um tanque provisório para armazenar as amostras de sangue de cordão cujos resultados das análises acima ainda não foram obtidos?
- Que tipo de métricas usa o banco para contabilizar a quantidade de células e a sua viabilidade?
- Em caso de a unidade de sangue de cordão ter um conteúdo celular não utilizável em transplantes convencionais, os pais são informados e têm a possibilidade de escolha entre armazenar ou descartar a amostra?
- O banco oferece algum tipo de devolução no caso de se verificarem problemas durante a recolha do sangue de cordão (contaminações, pequenos volumes)? Estas devoluções usualmente só se verificam quando o banco de sangue de cordão tem o seu staff especializado para realizar as recolhas.
- Que informação final irá constar no relatório final enviado para os pais depois do processamento e da criopreservação da amostra de sangue de cordão?
Que perguntas devem os pais fazer a um banco de família sobre o transporte do sangue de cordão umbilical?
- O custo do transporte da amostra está incluído no contracto?
- A empresa que vai fazer o transporte vai buscar o sangue de cordão directamente à unidade hospitalar onde se realiza o parto?
- O contentor de transporte foi testado quanto à sua estabilidade térmica?
- O contentor de transporte tem um sistema de registo de temperaturas (logger)?
- Durante os finais de semana existe staff disponível no laboratório ou telefonicamente?
- O banco garante que o sangue de cordão chega ao laboratório e é processado dentro de uma janela fixa de tempo?
Que perguntas devem os pais fazer a um banco de família sobre as instalações onde o sangue de cordão umbilical vai ser armazenado?
- Que tipo de informação recebem os pais após o armazenamento?
- O seu contrato diz que o preço anual de armazenamento (quando aplicável) é fixo ou poderá aumentar anos mais tarde?
- O seu contrato contempla o direito do banco de lhe cobrar pelo armazenamento da amostra?
- O banco tem a sua própria unidade de armazenamento ou está a subcontratar este serviço a outro laboratório?
- Qual é o tipo de acreditação que tem o local de armazenamento do sangue de cordão? Na maioria dos casos as amostras de sangue de cordão são armazenadas no local de processamento e a acreditação também incluí as condições de armazenamento.
- Qual é a razão para a localização geográfica da unidade de armazenamento: risco de fenómenos naturais ou outro tipo de razão?
- Que tipo de sistema de backup tem o banco de sangue de cordão em caso de falha de energia?
- Que tipo de sistema de segurança tem o banco de sangue de cordão?
O termo HLA (do inglês Human Leukocyte Antigens) representa um complexo de genes que codifica para proteínas do sistema imunitário únicas para cada pessoa. Estas proteínas irão reagir contra um transplante dador.
Muito brevemente existem 6 tipos de HLA que são importantes para o transplante de células estaminais hematopoieticas. No caso do transplante ser de medula óssea a compatibilidade deve ser de 100% ou seja, para todos os 6 HLA. No sangue de cordão umbilical é esperado o mesmo resultado se apenas houver compatibilidade de 4 em 6 dos HLA. Esta é a razão pela qual as doações de sangue de cordão umbilical são tão importantes para ajudar os pacientes pertencentes a minorias étnicas ou de backgrounds étnicos mesclados.
É preferível quando o dador é irmão do paciente do que quando o dador das células estaminais é completamente desconhecido. A comparação rigorosa depende do tipo de diagnóstico e do estado da doença em questão.
Duas métricas importantes para medir o sucesso das terapias após um transplante de células estaminais são: sobrevivência a longo prazo (do inglês long-term survival) e a percentagem de pacientes que desenvolvem doença do enxerto contra hospedeiro (do inglês graft versus host disease-GvHD). Quando o dador é um irmão existem percentagens de GvHD muito mais baixa o que permite que o paciente tenha uma vida melhor após o transplante. Adicionalmente quando o dador é um irmão o paciente poderá ser tratado mais rapidamente sem necessidade de procurar um dador não relacionado. Pacientes que recebem um transplante mais cedo têm maiores taxas de sobrevivência.
Referências:
Weisdorf, D.J. et al. Blood 2002; 99:1971-1977. doi:10.1182/blood.V99.6.1971
Bizzetto, R. et al. (EBMT) Haematologica 2011; 96(01):134-141 doi:10.3324/haematol.2010.027839
O sangue de cordão tem sido utilizado desde os anos 90 em cenarios onde os pacientes, crianças e adultos, têm leucemia. Até à data já se realizaram mais de 35 000 transplantes de sangue de cordão em todo o mundo e a maioria deles foi utilizado em leucemias e outras doenças do foro hemato-oncológico (Ballen, Verter, Kurtzberg 2015). Um estudo publicado no New England Journal of Medicine (NEJM) em Setempro de 2016 comparou a eficácia do tratamento do sangue de cordão umbilical versus medula óssea em pacientes com leucemia. Os dois grupos tiveram taxas de sobrevivência pós-transplante semelheantes, mas os pacientes tratados com sangue de cordão viveram durante mais tempo e apresentaram menores probabilidades de voltar a desenvolver a doença.
É importante afirmar aqui que uma criança que tenha leucemia ou outra doença hemato-oncológica tem de receber o sangue de cordão de um dador, e não pode usar o seu próprio sangue. Crianças e até mesmo adolescentes que desenvolvem leucemia, muito provavelmente já nasceram com uma mutação genetica que desencadeou a leucemia. Por isso não é seguro administrar o seu próprio sangue de cordão uma vez que este poderá também conter esta mutação.
Referências:
Backtracking leukemia to birth: Gale KB et al. 1997; Proc Natl Acad Sci USA. 94(25):13950-4. PMID:9391133
Backtracking leukemia to birth: Janet D. Rowley 1998; Nature Medicine 4:150-1 PMID:9461182
Ballen KK, Verter F, Kurtzberg J 2015; Bone Marrow Transplantation 50(10):1271-8. doi:10.1038/bmt.2015.124
HealthDay article describing study in Sept 2016 NEJM: Cord Blood Transplants Show Promise in Leukemia Treatment
Filippo Milano, et al. 2016; NEJM 375:944-953. DOI:10.1056/NEJMoa1602074
Em determinados casos uma criança pode ser tratada com o seu próprio sangue de cordão umbilical e há algumas dezenas de casos registados de amostras vindas de bancos de sangue de cordão de família. Cancros infantis representam menos de 1% de todos os cancros diagnosticados todos os anos. O cancro infantil mais comum é a leucemia e temos um FAQ especializado onde se explica que uma criança com leucemia tem de receber sangue de cordão de um dador e não o seu próprio sangue de cordão. Contudo crianças com tumores sólidos como é o caso do neuroblastoma, meduloblastoma ou retinoblastoma podem receber o seu próprio sangue de cordão umbilical. O primeiro caso registado a nível mundial foi em 1998 onde o uma menina no Brasil utilizou o seu próprio sangue de cordão umbilical quando desenvolveu um neuroblastoma.
Referências:
American Cancer Society - Key statistics for childhood cancers
Ferreira E et al. 1999; Bone Marrow Transplantation 24(9):1041. PMID:10556967
O parâmetro essencial para a transplantação do sangue de cordão não é o volume, mas sim o seu conteúdo celular. Médicos especialistas em transplantação desenvolveram recomendações baseadas no número de células nucleares totais (CNT) uma vez que este número é facilmente mensurável e pode ser verificado em diferentes laboratórios.
Para tratar doenças da área da hemato-oncologia a dose deverá ser de 25 milhões de CNT por kg de peso do paciente. Uma amostra média de sangue de cordão contem 8.6 milhões de CNT por mL. Isto significa que a dose óptima será aproximadamente de 2.9 mL de sangue de cordão por cada Kg de do paciente.
Referências:
Reed, W et al., Blood 2003;101(1):351 doi:10.1182/blood-2002-02-0394
Barker, JN et al., Blood 2005;105:1343-1347 doi:10.1182/blood-2004-07-2717
Eapen, M et al. Lancet 2007;369:1947-54 doi:10.1016/S0140-6736(07)60915-5
Rocha & Gluckman Brit. J. Haematology 2009;147(2):262-274 doi:10.1111/j.1365-2141.2009.07883.x
As probabilidades de utilizar o sangue de cordão umbilical são iguais às probabilidades do seu bebé ou um familiar chegado desenvolverem uma doença que requeira um transplante hematopoiético.
Os bancos de sangue de cordão dizem aos pais que existem mais de 80 doenças onde o sangue de cordão pode ser utilizado como tratamento standard. No entanto esta afirmação pode gerar confusão. A maioria dessas 80 doenças são extremamente raras em crianças. Nos EUA a probabilidade de uma criança necessitar de um transplante de células estaminais hematopoieticas até aos 20 anos é de 0.06% (3 em 5000). Portanto a probabilidade da criança necessitar de um transplante é de 3 em 5000 neste grupo de 80 doenças.
Quando é que o sangue de cordão armazenado em bancos de família tem uma percentagem de utilização elevada?
Familiares próximos: O gráfico à esquerda mostra que a probabilidade de desenvolver uma doença hemato-oncológica e por isso necessitar de um transplante aumenta com a idade. Nos EUA 1 em cada 271 pessoas (0.046%) vão precisar de um transplante hematopoietico até aos 70 anos. Consequentemente o sangue de cordão poderá ser utilizado por um membro do núcleo familiar a partir do momento em que é recolhido e processado. Há uma maior probabilidade do sangue de cordão umbilical ser compatível com familiares mais próximos: irmãos e pais.
Doenças Hereditárias: As probabilidades de desenvolver uma doença hereditária nos EUA não são aplicáveis noutros cenários como países diferentes.
Por exemplo, alguns pais estão muito interessados no armazenamento do sangue de cordão umbilical porque têm muitos familiares com doenças autoimunes como a esclerose múltipla. Temos também um artigo numa das nossas newsletters que fala sobre a utilização de células estaminais em doenças autoimunes.
Em determinados países Asiáticos onde a Talassemia (doença hereditária) é prevalente os bancos de sangue de cordão de família estão a prestar um serviço público. As famílias podem optar por armazenar o sangue de cordão de um bebé saudável para ser utilizado num irmão mais velho que tenha Talassemia. Na Tailândia existe uma clínica de fertilidade que ajuda os pais de crianças com Talassemia a ter um novo filho para que o sangue de cordão deste novo nascimento possa dar uma esperança ao seu irmão doente.
Em Africa os bancos de sangue de cordão podem ajudar a desenvolver a saude pública ao doarem sangue de cordão para combater a anemia falciforme oferecendo ainda hipótese de utilizar sangue de cordão com uma mutação genética para combater o HIV.
Medicina Regenerativa: Pais nos EUA têm maior probabilidade de utilizar o sangue de cordão umbilical dos seus filhos numa panóplia de doenças pediátricas como Encefalopatia Isquémica- hipóxica, apraxia, ataxia, paralisia cerebral, autismo, lesões cerebrais traumáticas, AVC entre outros uma vez que há vários ensaios clínicos a decorrer nestes pais. Ninguém quer imaginar que o seu filho nasce com uma doença cerebral, mas o isso acontece a 2 em cada 1000 nascimentos com gestação completa e 2 em cada 100 nascimentos prematuros. O sangue de cordão umbilical também está a ser testado em autismo doença que afecta 1 em cada 68 crianças nos EUA.
Referências:
Please see our page about cord blood Odds of Use.
Lifetime Probability of Stem Cell Transplant in USA: Nietfeld JJ, Pasquini MC, Logan, BR, Verter, F, Horowitz MM 2008; BBMT 14(3)316–322 doi:10.1016/j.bbmt.2007.12.49
Medical publications about cord blood therapy for pediatric neurologic disorders:
Cotten M. et al. 2013; Pediatrics 164(5):973–979 doi:10.1016/j.jpeds.2013.11.036
Liao, Y, Cotten, M, Tan, S, Kurtzberg, J & MS Cairo, MS 2013; Bone Marrow Transplantation 48:890-900 doi:10.1038/bmt.2012.169
Min et al. Stem Cells 2013; 31(3):581-591 doi: 10.1002/stem.1304
Sun, J et al. Transfusion Sept. 2010; 50(9):1980-1987 doi:10.1111/j.1537-2995.2010.02720.x
Sun JM et al. 2015; Pediatric Research 2015; 78:712–716 doi:10.1038/pr.2015.161
Uma vez armazenado o sangue de cordão umbilical para a nossa família, durante quanto tempo devemos mante-lo?
Por uma questão económica não faz sentido investir no armazenamento do sangue de cordão umbilical para depois descartar a unidade alguns anos mais tarde. É importante lembrar que a probabilidade de necessitar de um transplante aumenta com a idade. Mesmo que a unidade seja pequena e a criança se torne adulta o sangue de cordão poderá ainda ser utilizado conjuntamente com outra fonte de células estaminais hematopoieticas ou ate mesmo para aplicações no ramo da medicina regenerativa. Células estaminais que estão criopreservadas estão viáveis por várias décadas. Foi confirmado que as células estaminais do sangue de cordão ainda se encontram viáveis após 23 anos de armazenamento.
Referênciaes:
Broxmeyer, H.E. Cell Stem Cell 2010; 6(1):21-24
Mazur, P. Science 1970; 168(3934):939-949
Nietfeld, J.J. et al. BBMT 2008; 14:316-322
Se tiver armazenado em contexto privado o sangue de cordão de um dos meus filhos, preciso de fazer para os novos filhos?
Todas as razões que a levaram a armazenar o sangue de cordão do seu primeiro filho, são válidas para todos os outros filhos que tiver:
- Se desejar oferecer ao bebé a possibilidade de ter um transplante autólogo (usando as próprias células) tem necessariamente de armazenar o sangue de cordão umbilical.
- Se tem em vista a potencial utilização do sangue de cordão para os irmãos. 2 irmãos têm 25% de probabilidade de serem o dador perfeito um do outro, 50% de probabilidade de serem dadores parciais e 25% de não terem compatibilidade. Quantos mais irmãos tiverem o seu sangue de cordão umbilical armazenado maiores serão as probabilidades de terem um dador compatível caso precisem de um transplante de células estaminais hematopoieticas.
Referência:
Odds of sibling match are based on haplotype inheritence: that the child will receive 3 HLA types as a group from each parent.
O termo “tecido de cordão” refere-se ao cordão umbilical. Um cordão umbilical normal tem uma veia e duas artérias e uma camada exterior. A camada gelatinosa do interior do cordão umbilical tem o nome de Geleia de Wharton (do inglês Wharton’s Jelly). O cordão umbilical têm comprimentos variáveis, mas o comprimento medio é de 61cm e o peso de 40g.
Referência:
Percy Malpas 1964; British Medical Journal 1:673–674.
Como o sangue de cordão, o tecido de cordão umbilical é rico em células estaminais. Contudo esta é uma população de células estaminais diferente. Isto sugere que existe uma vantagem associada ao armazenamento das celulas estaminais do sangue de cordão e tambem das células estaminais do tecido de cordão. No sangue de cordão as células em destaque são as células estaminais hematopoiéticas no tecido de cordão são as células estaminais mesenquimais. As células estaminais mesenquimais não estão distribuídas uniformemente no cordão umbilical, mas estão concentradas especialmente nas ao redor das paredes dos vasos sanguíneos. A estimativa do conteúdo celular do tecido de cordão é de 11 milhões de celulas por grama de tecido de cordão umbilical.
Referência:
Schugar RC et al. 2009; Journal of Biomedicine and Biotechnology 2009:789526 (open access) doi:10.1155/2009/789526
O armazenamento de sangue de cordão encontra-se muito mais desenvolvido que há 25 anos, mas o armazenamento de tecido de cordão ainda está no início e a indústria procura os melhores padrões para estabelecer acreditações. Por exemplo, no caso do sangue de cordão o objectivo é separar as diferentes fracções e armazenar a fração rica em células estaminais.
Desde 2015 metades dos bancos de sangue de cordão em todo o mundo estão também a oferecer armazenamento de tecido de cordão, mas os métodos variam grandemente. Alguns bancos apenas armazenam o tecido e não o processam. A maioria dos bancos de sangue de cordão que armazena tecido de cordão processa o tecido, mas armazena-o na forma de tecido sem que as células estejam isoladas o que irá dificultar a sua aplicação clínica. A Parent’s Guide to Cord Blood Foundation está a trabalhar para desenvolver mais materiais educativos para que pais e profissionais de saúde se mantenham atualizados sobre as mais recentes técnicas de processamento/armazenamento.
Referências:
Pedro Silva Couto 2014; Storage of Mesenchymal Stem/Stromal cells in family stem cell banks: What do they offer? Parent's Guide to Cord Blood newsletter May 2014
Parent's Guide to Cord Blood Foundation 2015; Cord Blood Industry Report 2015
Parent's Guide to Cord Blood Foundation 2016; poster #1606 at International Cord Blood Symposium, Transfusion doi:10.1111/trf.13686
De forma semelhante ao sangue de cordão, o tecido de cordão funciona como uma reserva celular que poderá vir a ser utilizada em terapias futuras. Os dois principais benefícios do armazenamento do tecido de cordão prendem-se com o facto de se armazenarem mais células e mais células de diferentes populações. Existe muita investigação a decorrer com células do tecido de cordão e da placenta sozinhas ou juntas com as celulas do tecido de cordão. Pais que optarem por armazenar o tecido de cordão umbilical terão futuramente mais opções terapêuticas à sua disposição.
Referência:
Perinatal Stem Cells 2nd edition 2013; book published by Wiley